domingo, 14 de outubro de 2012

Cestas Sagradas - Lições Espirituais de um Guerreiro das Quadras





Graças ao feriado consegui voltar a escrever algo, depois de um bom tempo parado… =)

Aproveitando que acabei finalizar um livro que me foi muito bem indicado, vou deixar aqui as minhas percepções sobre o livro, até como forma de fixar melhor os conceitos aprendidos.

O livro conta a experiência real de Phil Jackson, um ex jogador e técnico de basquete, que ficou conhecido por ganhar 3 vezes seguidas o campeonato da NBA como técnico do Chicago Bulls. O assunto principal do livro gira em torno da liderança, e por isso é um livro altamente recomendado para qualquer um que precise trabalhar em equipe.

Contato com a Espiritualidade

Jackson cresceu em uma família extremamente religiosa, seus pais eram membros ativos da igreja e esperavam o mesmo comportamento dos filhos. Com a morte do pai, Phil acabou se libertando para ter contato com outras formas de espiritualidade, entrando em contato com o Zen Budismo, o Taoismo e a sabedoria dos índios Lakota. Um dos pontos de destaque foi a adoção da prática de meditação e visualização, muito utilizada por ele desde então, prática que foi inclusive ensinada aos jogadores.

Trocando o Eu pelo Nós

Por mais irônico que pareça, um dos grandes desafios de Phil foi trabalhar com Michael Jordan no time. Jordan era uma grande estrela na época, e isso trazia tanto benefícios quanto dificuldades para o time. Havia por um lado a atuação solitária de Jordan, que queria fazer tudo sozinho, e por outro a expectativa dos outros jogadores, que também esperavam que ele levasse o time sozinho. No basquete, assim como em qualquer equipe, o desempenho do time não pode depender de uma única pessoa, ou de um pequeno grupo, mas sim da atuação integrada de todos do time. Através dos ensinamentos do "Não egoísmo" de Phil, os jogadores passaram a atuar como um time de verdade, fazendo jogadas que aproveitavam o melhor de cada jogador.

O auto controle

O basquete é um ambiente naturalmente muito competitivo, onde cada jogador quer virar uma estrela e acaba sendo recompensado mais pela sua fama individual do que pela fama do time. Em um ambiente assim, os jogadores acabam sendo muito agressivos, o que prejudica o time como um todo. No livro o autor conta histórias de provocações feitas pelo time adversário com o intuito de prejudicar a performance do time, tática que certamente funciona quando não se tem o auto controle necessário para lidar com a situação.

O líder invisível

Por fim, Phil fala sobre o líder invisível. A certa altura do campeonato, o time estava tão integrado e conectado que a atuação do técnico no jogo era quase nula. Os jogadores sabiam exatamente o que precisavam fazer na quadra, sem depender tanto das instruções do técnico. Embora muitos líderes possam ter um certo medo desta questão, por achar que assim não serão mais necessários, esta atuação "invísivel" do líder é justamente o melhor indicador de uma boa liderança, como ficou claro com os campeonatos vencidos durante a sua atuação.

E já que falamos sobre basquete...